9.3.07

Relacionamento Intergeracional

Antigamente havia uma propaganda de Xampu anticaspa chamado Denorex cujo slogan: Parece, mas não é. Pois parecia remédio, mas não xampu. E a situação da qual falo hoje se assemelha a esse slogan.

Por Eduardo Moraes -

Relacionamento Intergeracional. Talvez você nunca tenha ouvido esse termo, porém já deve ter visto, vivido, querido viver ou até vive uma relação assim, ou seja, uma relação entre pessoas de idades (bastante) diferentes.
Parece até um estigma, mas quem passa dos 40 anos já é taxado de velho e pior, parece que perde o direito de amar. Se um quarentão curtir pessoas de sua mesma faixa etária ou que também já tenha passado da “casa dos... enta” aí tudo bem, no máximo dirão: Que bonitinhos os velhinhos juntos. Claro que há ai uma carga enorme de preconceito, mas é até relevante, afinal a juventude sempre se acha a dona da razão. Mas a coisa pesa se o caso for de uma relação entre uma pessoa com mais de quarenta anos com alguém com a metade de sua idade, aí a carga de preconceito é infinitamente maior. Multiplique-a por “n” vezes

Se um cara mais novo fica com um bem mais velho será rotulado de oportunista, interesseiro ou pior ainda, despertar dúvidas de que esteja interessado no dinheiro do parceiro ou em hipóteses mais agravantes taxado de michê. E na situação inversa, se o cara mais velho ficar com um rapaz bem mais novo será rotulado de papa anjo, safado, sem vergonha, ou ainda na mais baixa das taxações, chamado de pedófilo, mesmo que o rapaz em questão já seja maior de idade. E tudo isso porque? Quem foi que disse, onde está escrito ou quem estabeleceu que um relacionamento, seja ele só sexual ou também amoroso, deva ser entre pessoas de faixa etária equivalente? Quem ou o que proíbe as pessoas com anos de diferença se relacionarem? Ah! Essa maldita hipocrisia... Parece que a felicidade incomoda. Basta alguém estar feliz com outro para servir de alvo para críticas e comentários. Porque para essas pessoas, o bom é fazer o mal ao invés de ir a busca de sua própria felicidade?

Outro alvo de críticas nas relações intergeracionais é taxar a sexualidade deles. E o engraçado é que a gangorra pesa quase sempre de um lado, nunca fica neutra. O mais velho ou será visto como a “maricona” que quer dar para um franguinho ou a safada que quer comer carne nova e o jovem pode ser o “viadinho” que quer dar para um vovô ou o putinho que vai meter vara no velhinho. Será que ninguém parou pra pensar que além desses termos chulos eles podem estar se amando e até sendo versáteis um com o outro, mas acima de tudo satisfazendo seus lados sexuais e emocionais. Na verdade tudo é uma questão de falta de educação, despeito e inveja, eles não querem ver ninguém feliz, pois na verdade é a própria infelicidade que os cegam e não os permitem entender que o amor é tão puro que não se limita, o amor não vê cor, idade, sexo... O amor só vê uma coisa: a sinceridade de um sentimento que pode lhe trazer a felicidade e só quem tem esse poder é quem está aberto a ser feliz e não quem está fechado e preocupado em criticar os outros ao invés de fazer algo por si mesmo.

Todos nós temos nossas preferências e devemos ir a busca de nossos gostos. Se eu gosto de rapazes porque vou ter que ficar com um quarentão? Se alguma coisa bater, der um click, uma vontade, um desejo por alguém mais velho não vou me privar de tentar algo, pois ninguém pode prever e às vezes a felicidade pode estar fora dos nossos padrões de gosto, para isso é necessário estar aberto, com certeza todos vão procurar alguém que se encaixe com seu ideal, mas isso não quer dizer que alguma coisa possa mudar no meio do caminho e encontrarmos no oposto do que procuramos alguém que nos fará feliz, pois como já disse, o amor é cego, não escolhe e quando acontece te fará despir-se dos preconceitos e se abrir para o que é bom e vai depender de você querer ser feliz ou não.

Por isso, ame e deixe ser amado, não se importe com o que vão pensar ou falar, pois a vida é uma só e cabe somente a você vivê-la e não deixar que a vivam por você. Espero que você encontre a felicidade em quem seu coração for capaz de tocar.

Até a próxima.

3 comentários:

Diego Motta disse...

Vdd

Unknown disse...

Tem limite. Sexo com menores de idade é pedofilia, não sexo intergeracional. Que fique bem claro.

Adauto disse...

Há anos, venho estudando o fenômeno pedofilia que nada mais é do que um construto social. Sexo com menor de idade pode ser pedofilia, mas esta não implica, necessariamente, na prática de atividade sexual com menor. Além disto, pedofilia NÃO É CRIME; é doença.